Vestuário feminino da nobreza (século XV) |
"...Entendendo quão abominável causa é embarcarem os homens
consigo mulheres nas naus (...) mandou apregoar que toda a mulher que fosse
achada, em qualquer nau da barra para fora,
seria na Índia açoitada publicamente, a índa que fosse casada", relata o
cronista Francisco de Andrade,
descrevendo a opinião de Vasco da Gama sobre as mulheres a bordo.
Vestuário feminino do povo (século XV) |
Durante a Expansão Marítima
Portuguesa, no século XV e XVI as
mulheres raramente iam a bordo. As únicas que, eventualmente podiam ir no barco eram as
esposas do Capitão ou então as escravas. Se fossem mulheres do Capitão ou as
mulheres de membros da alta Nobreza, tinham que permanecer num camarote, durante a viagem inteira e normalmente ficavam
lá fechadas sem poderem sair. Isto acontecia, para a proteção das mesmas dos
olhares dos marinheiros e para evitar abusos.
Já as mulheres que ficavam em
Terra cultivavam os campos, tratavam dos
animais, cuidavam das crianças e dos idosos. A vida continuava normalmente em
Portugal, enquanto tantos homens navegavam.
As mulheres também colaboravam
para as navegações, eram elas que fabricavam
as velas dos navios e preparavam muitos dos alimentos para as grandes viagens.
Faziam marmelada, biscoitos e carne
salgada.
Um exemplo de uma mulher que
embarcou num navio, é Dona Brites de Albuquerque, que em 1534 chegou a
Pernambuco com o marido, Duarte Coelho. Ele voltou a Portugal e dona Brites ficou,
tornando-se a maior autoridade de Pernambuco.
Ana Cunha, 8ºAno A
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